Dia 17/10/2019
8º AulaEscola Estadual de Ensino Fundamental Cel. Alvaro de Moraes
Supervisora: Prof. Agata Tejada
Coordenadora: Ms. Marli S. Carrad Sita
Turma: 4º ano
Turno: Manhã
Horário: 08:30hs às 11:30hs
"O conjunto destes
"pressupostos do ato de recepção" ou "sistema de pré-condições
receptivas" parece ser um elemento bastante importante ao se pensar a
relação da educação com a constituição de identidade de espectadores, ou uma possível
pedagogia de espectador mediadas também pela escola e pelo professores. Assim
como são as mediações culturais.
São assim definidos os
pressupostos de De Marinis(2005)
a)
Conhecimentos gerais (teatrais e extra teatrais) do espectador.
b)
Conhecimentos particulares (informações prévias sobre o
espetáculo, do artista, ou contato com para textos teatrais)
c)
Metas, intenções e expectativas (em relação ao teatro em geral)
d)
Condições materiais da recepção
e)
As relações dos espectadores entre si.”
TAÍS FERREIRA
O cansaço mental,
tomava conta dos meus pensamentos neste dia. Estava stafada por tantos
compromissos na Universidade, mas tinha que terminar o que comecei. Lembrei do
que o médico havia dito, que não poderia exigir muito do meu intelecto com
probabilidades de um novo coagulo se formar. Mas meu amor pelo teatro, e pela
educação, são armas poderosos nestas horas, elas não me deixam desistir. Aliás
desistir dos meus objetivos de vida nunca fez parte da minha vida. Sou
determinada.
Esta turma,
do 4º ano, é muito especial, todos são muito criativos, até de mais, por isso,
enquanto estamos no processo, procuro abordar assuntos de convivência mutua.
Aparentemente eles se dão bem, mas é visível as diferenças. Tem o grupo da
elite, tem o grupo da classe média, tem o grupo da classe média baixa, e tem o
grupo dos menos favorecidos. Eles, claro não sabem destas diferenças, mas eles
se reúnem desta forma, por afinidade sem perceber. Por isso, eu dividi os
grupos de trabalho. A princípio eles fazem cara de descontentes, mas ao longo
do processo isso foi caindo, e hoje eles convivem bem; não perderam seus vínculos
de amizade com o grupo de afinidade, mas fizeram um novo amigo. Para tanto eles
precisaram quebrar o medo de conhecer o desconhecido.
Iniciei a
aula, com aquecimentos, alongamentos, e iniciamos o ensaio. A aula se limitou a
isso, repetir, repetir, repetir, até ficar bom. E ficou. Dúvidas, sobre como
melhorar a cena, foram sendo colocadas, e muitas foram agregadas. A construção
de cena deles, foi bem realista, para provocar sua criatividade fui colocando
objetos diferentes nas cenas, e aí começou o “Faz de Conta”. Todas as cenas
precisavam de acessórios de cena, e enquanto eles pensavam num rato de tecido
eu peguei uma folha de papel, esmaguei e joguei no chão, e disse “Este é o nosso rato. Ok?” Eles só
olharam, mas fizeram a cena com aquele rato improvisado.
E assim
todas as outras cenas se sucederam. O casaco da professora virou cobertor, uma
pilha de livros virou travesseiro, o espaço virou um quadro negro, e assim foi.
Encerrei
nossa aula, como sempre num abraço bem apertado, que era o que eu precisava
naquele dia.
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