sábado, 7 de dezembro de 2019

Dia 16/10/2019

7º Aula
Escola Estadual de Ensino Fundamental Cel. Alvaro de Moraes
Supervisora: Prof. Agata Tejada
Coordenadora: Ms. Marli S. Carrad Sita
Turma: 4º ano
Turno: Manhã
Horário: 08:30hs às 11:30hs


Como na semana das crianças não pude dar aula, resolvi colocar minhas leituras em dia. Li os textos indicados pela Mest. Marli, nossa orientadora do PIBID.  Algumas citações chamaram minha atenção:

Desse modo, aquilo que reconhecemos como cotidiano passa a ser reorganizado e revisto pelo teatro que invade o palco, que é a própria cidade. Nessa invasão, nessa ocupação, nesse instalar-se, repentinamente, quebrando o ritmo e o fluxo já estabelecido e instaurado como regra do cotidiano, o teatro se apresenta como uma ruptura daquilo em que nos habituamos. É como se um cabo se rompesse, um fio se desencapasse, um cano estourasse, como se houvesse uma explosão, só que de imagens e signos. Algo se corta, alterando esse fluxo, alterando a urgência dos tempos, suas velocidades e ritmos. Faz necessário então relacionar aquilo que, dentro dessa perspectiva, Jorge Dubatti vai apontar como sendo a base do teatro: um convite ao convívio.
Gabriela Cunha Greco

“Sessenta anos atrás, eu sabia tudo. Hoje sei que nada sei. A educação é a descoberta progressiva da nossa ignorância.” Will Durant

 “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou construção”. Essa frase me faz pensar em tantas formas de criar possibilidades para as crianças poderem adquirir conhecimento da própria experiência vivida, e da construção que ela faz consigo e com o grupo que interage com ela. FREIRE, Paulo         

“Ensinar não e transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” FREIRE, Paulo

Nestes pensamentos, e tomando por base minha experiência pessoal como professora de teatro/atriz, me dirigi a Escola Álvaro Moreira, para continuar o projeto da Chapeuzinho de Todas as Cores. Todos os dias haviam surpresas nas aulas, avanços, com um ou outro aluno. E é isso, essa mudança pessoal que gera força e esperança, na minha alma, leva meus pensamentos e objetivos de vida a renovação diária. Um sorriso espontâneo, um abraço espontâneo, uma gentileza aqui outra ali, uma ação espontânea por qualquer motivo que seja ela deve ser sincera.  Pude ver no olhar do espectador (aluno)o respeito e não mais a brincadeira. Acredito que não tenha nada melhor que ver resultado em algo que você se dedicou, e eu me dediquei muito, até quando tive que solicitar disciplina no comportamento ter aquelas conversas chatas sobre fazer silencio, respeitar o colega e tudo mais, mas eu aprendi, aprendi como levar as coisas, como cativar o aluno, e como me divertir em uma sala de aula.
Nesse espírito, entrei em sala de aula, todos prontos, para ensaiar as cenas para a apresentação no dia 25 próximo, a Música da Chapeuzinho de Todas as Cores estava na boca de todos. Cantavam com toda a força, animados. Uma divergência aqui, outra ali, mas no fim tudo de acordo. As perguntas, “Profe trouxe meu chapéu?” “Profe. essa blusa serve?” “Profe essa saia ta boa?” o figurino, o ensaio das cenas, foram tão alegres, espontâneos, sinceros, e com toda a liberdade possível, as escolhas foram todas deles. Eu só ensinei o caminho, e tudo flui.  
Não fiz aquecimento nem alongamento neste dia. Pois como o tempo estava limitado rinha que acelerar. Mas no processo de encenação, fui incluindo algumas propostas de jogos teatrais, para que eles mesmo encontrassem suas respostas. Nestes Jogos, quem não queria se apresentar jogava, e também fazia suas descobertas: Ex: A, 11 anos, veio de outra escola, muito tímido, e passando por alguns problemas familiares, ele chegou baixinho e disse: Profe. Não quero me apresentar, a “Prof. Camila quer me obrigar, mas eu não quero. Mas gosto de brincar.” Eu respondi: “Se tu não quer se apresentar, não vai. Pode deixar. Mas o que tu aprendeu até agora, A?”  Ele respondeu: “Perdi o medo de falar com os colegas, e com a Profe. Camila. Estou gostando de ver os colegas cantar, e fazer as cenas, mas ainda tenho muito vergonha.” Percebi que mesmo ele como plateia, agregou sobre suas ações um aprendizado que vai só crescer, tenho certeza, e libertar ele no momento certo de todos os medos.
Organizada a peça toda, início, meio e fim, figurino resolvido, sonoplastia impecável, no fim da aula, todas as classes estavam no lugar, todos sentados, pedi que respondessem algumas perguntas, uma pequena provinha, que vou anexar a este blog no fim.

Assim, encerrei minha aula com nosso abraço.













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