Dia 16/10/2019
7º AulaEscola Estadual de Ensino Fundamental Cel. Alvaro de Moraes
Supervisora: Prof. Agata Tejada
Coordenadora: Ms. Marli S. Carrad Sita
Turma: 4º ano
Turno: Manhã
Horário: 08:30hs às 11:30hs
Como na semana das
crianças não pude dar aula, resolvi colocar minhas leituras em dia. Li os
textos indicados pela Mest. Marli, nossa orientadora do PIBID. Algumas
citações chamaram minha atenção:
Desse modo, aquilo que reconhecemos como cotidiano passa a ser
reorganizado e revisto pelo teatro que invade o palco, que é a própria cidade.
Nessa invasão, nessa ocupação, nesse instalar-se, repentinamente, quebrando o
ritmo e o fluxo já estabelecido e instaurado como regra do cotidiano, o teatro
se apresenta como uma ruptura daquilo em que nos habituamos. É como se um cabo
se rompesse, um fio se desencapasse, um cano estourasse, como se houvesse uma
explosão, só que de imagens e signos. Algo se corta, alterando esse fluxo,
alterando a urgência dos tempos, suas velocidades e ritmos. Faz necessário
então relacionar aquilo que, dentro dessa perspectiva, Jorge Dubatti vai
apontar como sendo a base do teatro: um convite ao convívio.
Gabriela Cunha Greco
“Sessenta
anos atrás, eu sabia tudo. Hoje sei que nada sei. A educação é a descoberta
progressiva da nossa ignorância.” Will Durant
“Ensinar
não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria
produção ou construção”. Essa frase me faz pensar em tantas formas de criar
possibilidades para as crianças poderem adquirir conhecimento da própria
experiência vivida, e da construção que ela faz consigo e com o grupo que
interage com ela. FREIRE, Paulo
“Ensinar
não e transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção.” FREIRE, Paulo
Nestes pensamentos, e
tomando por base minha experiência pessoal como professora de teatro/atriz, me
dirigi a Escola Álvaro Moreira, para continuar o projeto da Chapeuzinho de
Todas as Cores. Todos os dias haviam surpresas nas aulas, avanços, com um ou
outro aluno. E é isso, essa mudança pessoal que gera força e esperança, na
minha alma, leva meus pensamentos e objetivos de vida a renovação diária. Um
sorriso espontâneo, um abraço espontâneo, uma
gentileza aqui outra ali, uma ação espontânea por qualquer motivo que seja ela
deve ser sincera. Pude ver no olhar
do espectador (aluno)o respeito e não mais a brincadeira. Acredito que não
tenha nada melhor que ver resultado em algo que você se dedicou, e eu me
dediquei muito, até quando tive que solicitar disciplina no comportamento ter
aquelas conversas chatas sobre fazer silencio, respeitar o colega e tudo mais,
mas eu aprendi, aprendi como levar as coisas, como cativar o aluno, e como me
divertir em uma sala de aula.
Nesse espírito, entrei
em sala de aula, todos prontos, para ensaiar as cenas para a apresentação no
dia 25 próximo, a Música da Chapeuzinho de Todas as Cores estava na boca de
todos. Cantavam com toda a força, animados. Uma divergência aqui, outra ali,
mas no fim tudo de acordo. As perguntas, “Profe trouxe meu chapéu?” “Profe. essa
blusa serve?” “Profe essa saia ta boa?” o figurino, o ensaio das cenas, foram
tão alegres, espontâneos, sinceros, e com toda a liberdade possível, as
escolhas foram todas deles. Eu só ensinei o caminho, e tudo flui.
Não fiz aquecimento
nem alongamento neste dia. Pois como o tempo estava limitado rinha que acelerar.
Mas no processo de encenação, fui incluindo algumas propostas de jogos
teatrais, para que eles mesmo encontrassem suas respostas. Nestes Jogos, quem não
queria se apresentar jogava, e também fazia suas descobertas: Ex: A, 11 anos,
veio de outra escola, muito tímido, e passando por alguns problemas familiares,
ele chegou baixinho e disse: Profe. Não quero me apresentar, a “Prof. Camila
quer me obrigar, mas eu não quero. Mas gosto de brincar.” Eu respondi: “Se tu
não quer se apresentar, não vai. Pode deixar. Mas o que tu aprendeu até agora, A?”
Ele respondeu: “Perdi o medo de falar
com os colegas, e com a Profe. Camila. Estou gostando de ver os colegas cantar,
e fazer as cenas, mas ainda tenho muito vergonha.” Percebi que mesmo ele como plateia,
agregou sobre suas ações um aprendizado que vai só crescer, tenho certeza, e
libertar ele no momento certo de todos os medos.
Organizada a peça
toda, início, meio e fim, figurino resolvido, sonoplastia impecável, no fim da
aula, todas as classes estavam no lugar, todos sentados, pedi que respondessem
algumas perguntas, uma pequena provinha, que vou anexar a este blog no fim.
Assim, encerrei minha
aula com nosso abraço.
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